Sem cair

Queda é a segunda maior causa de mortes por acidente no mundo, atrás apenas das ocorrências de trânsito.
23/04/2024 12h30

Ir ao mercado e à consulta médica, passear, ver os amigos. A capacidade de se movimentar com segurança e autonomia permite ao idoso levar uma vida independente. Para isso, é essencial conseguir manter-se em equilíbrio. Na falta dele, o risco de quedas se torna uma grande preocupação. A partir dos 60 anos, elas costumam sinalizar o comprometimento da saúde, ao mesmo tempo em que podem levar sérias complicações médicas ou mesmo ser fatais. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 684 mil pessoas de todas as idades morrem a cada ano em razão de quedas. Essa é a segunda principal causa de morte por lesões não intencionais no mundo, atrás apenas dos acidentes de trânsito. A maior parte dos casos envolve idosos. E em linha com o envelhecimento da população, a previsão é de aumento dessas ocorrências nas próximas décadas.

Com o avanço da idade, a perda de equilíbrio está associada a condições como perda de massa muscular, que dá sustentação ao corpo; comprometimento da visão e da cognição; alteração de marcha e de postura; doença de Parkinson; alterações no aparelho vestibular, que fica localizado no interior do ouvido e é responsável direto pelo equilíbrio; além de doenças crônicas como osteoporose e diabetes.

Além disso, depressão, consumo de álcool e uso de certos tipos de medicação, como sedativos e hipertensivos, bem como a associação de vários remédios, também são fatores de risco para quedas.

 

Quedas

A estimativa global é de que um terço das pessoas com 65 anos ou mais sofram ao menos uma queda por ano, sendo que 5% dessas ocorrências resultam em fraturas, que ameaçam a qualidade de vida porque podem levar à necessidade de hospitalização e até mesmo à morte. Além disso, só o receio de cair já pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, como um fator limitante para as atividades diárias. 

Nesse contexto, é fundamental realizar um acompanhamento de saúde para identificar e tratar problemas antes que eles afetem o equilíbrio e representem um risco aumentado para quedas. Além disso, é recomendável manter um estilo de vida saudável e evitar o sedentarismo, fator de risco para esse tipo de acidente.

Como boa parte das quedas acontecem dentro ou ao redor de casa, medidas de prevenção incluem ajustes no ambiente. Escadas e banheiros merecem atenção, assim como locais pouco iluminados, onde eventualmente há objetos espalhados pelo chão e/ou com piso escorregadio. É recomendável a instalação de corrimão e barras de apoio, bem como de piso antiderrapante nas áreas molhadas, manter a boa organização da casa e melhorar a iluminação se necessário.